Inspirado em clube holandês, grupo tenta recuperar o Paulista de Jundiaí
- studioleandrosantos
- 5 de nov. de 2014
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Em crise e rebaixado à Série A2, o campeão da Copa do Brasil de 2005 contará com apoio de pessoas que formaram empresa para captar patrocínios e saldar dívidas.
O PSV, time tradicional da Holanda que se tornou uma potência do futebol mundial graças ao apoio da comunidade de Eindhoven e ao aporte privado, é a inspiração de um grupo de pessoas que tenta recuperar o Paulista de Jundiaí, campeão da Copa do Brasil em 2005, mas que está em crise financeira e foi rebaixado neste ano para a Série A2 do Campeonato Paulista. Este grupo foi apresentado nesta segunda-feira, no estádio Jayme Cintra. Um evento oficial está programado para o dia 27 de novembro. A história realmente guarda semelhanças entre o time holandês e o do interior paulista. Inicialmente na origem operária dos dois: o PSV tem descendência nos funcionários de uma fábrica de equipamentos elétricos, enquanto o Paulista nasceu pelos trabalhadores da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Segundo, porque um grupo batizado de Novo Paulista F.C. se propõe a mobilizar a sociedade e o empresariado da cidade – correspondente ao nono maior PIB (Produto Interno Bruto) do estado – a sanear o clube e fazê-lo voltar a crescer.
– A sociedade, hoje, está de costas para o clube. Queremos resgatar o amor da sociedade jundiaiense pelo Paulista, envolvendo a imprensa e a sociedade em suas diversas camadas, desde o pequeno comércio até cinco ou seis empresas de porte que sustentarão o projeto. A cidade vai ajudar de todas as formas, como foi na Holanda com o PSV – planeja Douglas Stephens, gerente executivo do Novo Paulista.
O grupo ficará responsável pela gestão financeira do clube, captando recursos para a formação da equipe e pagamento das despesas. A empresa Novo Paulista tem Márcio Franklin Nogueira como diretor-presidente e é formada mais 21 pessoas e um conselho consultivo, devendo trabalhar paralelamente à diretoria eleita do clube, cujo presidente é Djair Bocanella. Até a conta bancária e o CNPJ serão diferentes. As crises financeiras, que se agravaram nos últimos cinco anos, colocaram o Paulista em descrédito. Segundo os cálculos dos novos diretores, o passivo a ser renegociado fica entre R$ 10 e 20 milhões, mas a perspectiva é otimista. – Somos um grupo forte juridicamente e uma parte do passivo é negociável. Nossa meta é zerar as dívidas em dois anos – projeta o gerente.
FONTE: GLOBO ESPORTE

Campeão em 2005, com o título da Copa do Brasil
(Foto: Agência O Globo)
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